Geração de Bronze! Belgas passam pelos ingleses e ficam com o terceiro lugar
No embalo de Hazard, De Bruyne e Meunier, Bélgica vence a Inglaterra por 2 a 0, supera o resultado de 86 e conquista sua melhor colocação na história das Copas
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- Vicente Almeida
- Esportes
- 14 Julho 2018 - 13:09
Disputar o terceiro lugar de uma Copa do Mundo não é tão charmoso quanto em uma Olimpíada. Porém, a conquista é sempre um alento para àqueles que estiveram tão próximos da decisão. Depois da tristeza pela eliminação na semifinal, a talentosa geração de ouro da Bélgica, mais uma vez, reescreveu sua própria história dentro da Copa do Mundo da Rússia. Sob o comando de Hazard e De Bruyne, com ótima participação de “Meunier”, os belgas venceram a Inglaterra por 2 a 0, neste sábado, em São Petersburgo, conquistaram o terceiro lugar e superaram a conquista do time de 86, que ficou na quarta posição, melhor colocação dos “Diabos Vermelhos” até esta manhã. Meunier abriu o placar nos primeiros minutos e, apesar do inicio sonolento, o time da Inglaterra até que tentou empatar na segunda etapa, mas os espaços abertos dentro da defesa britânica foram fundamentais para que os perigosos jogadores da Bélgica explorassem o contra-ataque e Hazard ampliasse o placar nos últimos minutos, após seguidas jogadas de contra-ataques. A terceira posição termina como um prêmio de consolação para a talentosa “Geração Belga” que eliminou o Brasil e caiu só foi derrotada pela França, na semifinal, por um erro de marcação que resultou no gol de Umtiti.
1º TEMPO: GOL DE MEUNIER NO INÍCIO, SONO INLGLÊS E COMANDO BELGA
O time inglês iniciou a partida de maneira sonolenta e acabou castigado. Na primeira chegada belga, Courtois deu um chutão pra frente, no círculo central, a bola se ofereceu para Lukaku que fez bela jogada, enfiando para Chadli escapar pela esquerda. O lateral cruzou na medida para Meunier que se antecipou ao marcador ao marcador e desviou de canela, vencendo Pickford e abrindo o placar em São Petersburgo. Logo na sequência, Lukaku parecia que estava ligado no jogo. O camisa nove driblou o marcador e abriu com De Bruyne dentro da área, para desespero de Hazard que passava livre do lado esquerdo. O “English Team” tentava reagir, mas o início de jogo dos belgas era muito bom. Explorando os espaços na defesa, os homens de frente dos “diabos vermelhos” enlouqueciam os marcadores. Primeiro, De Bruyne entrou na área pela esquerda e bateu para o gol, a bola desviou e obrigou o goleiro bretão a fazer excelente defesa. Depois, na triangulação do ataque, Lukaku entrou em velocidade, de frente para Pickford, mas acabou adiantando demais e perdeu bela chance de ampliar o placar.
Os ingleses, aos poucos, tentavam despertar e à medida que o tempo passava, os súditos da rainha espreguiçavam, se esforçando para tentar empatar a partida. Loftus-Cheek tentou de cabeça, mas, fraquinho, recuou para Courtois. Na sequência, driblou os zagueiros, invadiu a área e tentou cruzar, mas Kompany cortou. A melhor oportunidade inglesa aconteceu quando Sterling escapou em velocidade, dominou, deu um belo drible no adversário e achou Harry Kane que entrava pelo meio. O craque britânico chegou batendo, mas a bola foi para fora. Com os movimentos mais lentos, cabia aos comandados de Roberto Martinez as reservas de emoção do final do primeiro tempo. Tielemans recebeu cobrança de escanteio na intermediária que chutou de longe, a bola se ofereceu para Alderweireld que emendou uma pancada por cima do gol. Um minuto mais tarde, De Bruyne arrancou, carregando a bola pelo meio, viu Chadli passando em velocidade pela esquerda e tocou para o lateral que sentiu uma contusão muscular e acabou perdendo bela chance de ampliar o marcador.
2º TEMPO: INGLATERRA MELHORA, SONO MUDA DE LADO E HAZARD MATA O JOGO NO CONTRA-ATAQUE
Na segunda etapa, os ingleses voltaram mais ligados na partida e aumentaram as ações ofensivas no campo belga. Dier tentou com Stones e viu a zaga afastar. Lingard girou e lançou para Kane que não alcançou. A Bélgica respondeu com De Bruyne que deu um passe espetacular para Lukaku. Mais uma vez, o atacante adiantou demais e perdeu a chance, acabando com a paciência do treinador Roberto Martinez que colocou Mertens no lugar do camisa nove. Os ingleses passaram a dar muito espaço para o time dos “diabos”. Quase sempre, as jogadas de contra-ataque saiam dos pés de Hazard, certamente um dos grandes destaques da Copa do Mundo. Do lado brtitâncio, Dier aparecia como boa opção de ataque.
Primeiro, recebeu na entrada da área e bateu rasteiro para ao defesa do goleiro. Depois, tabelou com Rashford, entrou sozinho na área e deu uma cavadinha “à la Romário”, tirando a bola de Courtois. O volante se preparava para comemorar quando Alderweireld apareceu na cobertura e evitou o empate.
Apesar do esforço inglês, a qualidade tática do time da Bélgica é algo que enche os olhos de quem gosta de futebol. Depois do terceiro gol contra o Japão, mais uma vez os belgas deram aula de como se faz uma jogada de contra-ataque. Com o time inglês quase todo no campo de ataque, os comandados de Roberto Martinez partiram em velocidade, com seis toques estavam de frente para o gol de Pickford. Além do belo e inteligente toque de calcanhar de Hazard para De Bruyne no meio campo, Mertens fez uma bonita inversão para Meunier que chegou batendo de primeiro obrigando o goleiro britânico a fazer uma grande defesa. Logo na sequência o camisa sete dos “Diabos Vermelhos” arrancou em velocidade, carregou a bola e deu um lindo passe para Hazard que passou nas costa de Jones, entrou na área pela esquerda e, com consciência, deslocou o goleiro fazendo o segundo da Bélgica e sacramentando a melhor participação dos carrascos dos brasileiros, na Rússia.
FICHA TÉCNICA
BÉLGICA 2 X 0 INGLATERRA
Local: São Petersburgo
Data: 14 de julho de 2018 (Sábado)
Horário: 11h (de Brasília)
Árbitro: Alireza Faghani (IRN)
Gols: Thomas Meunier 04’/1ºT, Eden Hazard 37’/2ºT (Bélgica)
Cartões amarelos: John Stones, Harry Maguire (Inglaterra)
BÉLGICA: Thibaut Courtois; Toby Alderweireld, Vincent Kompany e Jan Vertonghen; Thomas Meunier, Youri Tielemans (Mousa Dembélé), Axel Witsel e Nacer Chadli (Thomas Vermaelen); Kevin De Bruyne, Romelu Lukaku (Dries Mertens) e Eden Hazard
Técnico: Roberto Martínez
INGLATERRA: Jordan Pickford; Phil Jones, John Stones e Harry Maguire; Kieran Trippier, Ruben Loftus-Cheek (Dele Alli), Eric Dier, Fabian Delph e Danny Rose (Marcus Rashford); Raheem Sterling (Jesse Lingard) e Harry Kane
Técnico: Gareth Southgate